RESUMO
O presente artigo diz respeito a um ensaio de William James (1958), abordando os efeitos afirmativos e negativos da prática religiosa em nossos dias, no qual se afirma que o mais importante da experiência religiosa são os resultados significativos para a integração da personalidade. Por outro lado, a religiosidade negativa é provocadora de uma ambientação doentia, alimentando a hostilidade, a beligerância e a opressão entre os fiéis.
PALAVRAS CHAVES:
Religião. Opressão. Doenças.
Por outro lado, a religião de mente doentia é pessimista, opressora e cerceadora. Produz mal estar, medo e angústia na vida dos fiéis, prevendo sempre o fogo destruidor, enxofre, o inferno e a figura do Diabo como agente provocador de toda miséria e penalidade aos perdidos.
A pesquisa de James (1958), reflete muito bem o que se configura na religiosidade doentia de nossos dias, com os duros fardos que são impostos ao rebanho pelos pseudos profetas, com predições de sepulturas que se abrem, com as duras exortações dos “ái de ti…”, rompendo com as barreiras do código de ética que deve haver na Igreja.
Concluímos que a religião é doentia onde os líderes não se respeitam; a religião é doentia em cuja ambientação se alimenta fofocas, maledicências e todo tipo de perseguição; a religião é doentia quando o rebanho se degladia, dividido em guetos e grupos preferenciais; é doente quando estabelece cercas, fronteiras e barreiras nos relacionamentos, e mesmo quando os problemas de ordem pessoal passam a vigorar no ambiente físico e geográfico. Há Igrejas que literalmente se organizaram por áreas, considerando que outras Igrejas co-irmãs são inimigas declaradas, amaldiçoando os que passam na frente, e até mesmo perseguindo seus líderes com orações contrárias, e com calúnias infundadas. A religião assim é doentia quando outros líderes são capazes de levar a Igreja, a Noiva de Cristo á beira de tribunais para cobrar dívidas materiais. É doentia quando ela se divide em dissensões , e o grupo dissidente sai rompendo com as amizades, como que os demais que permanecem fossem inimigos, provocando traumas, angústia e tristeza.
Além de doentia, essa religiosidade também pode ser alienadora, quando tudo que há na vida social é satanizado, e muitos fiéis assim não desenvolvem sua vida social, não possuem uma profissão, não estudam, não trabalham, não desenvolvem uma formação continuada, e vivem como parasitas à margem social, à espera do maná que cai dos céus.
Nessa perspectiva, a irracionalidade beira à fronteira da esquizofrenia. Nesse ambiente doentia já vi muitas pessoas surtarem, tanto é o atraso e a falta de inteligência.
Finalmente, qual a sua religiosidade, de mente sadia ou de mente doentia?
Referências
TAVARES Filho, T.H., A Religiosidade na perspectiva Comportamentalista. Rio de Janeiro: Editora da Universidade Gama Filho, 1979.